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uma pessoa normal, que gosta muito de ler e que as vezes não tem muita noção do que fala ou de seus atos rsrs

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ignorância no 638

Então... Pelo que parece, a sina com senhoras perturbada em ônibus parece me seguir né? Por que aqui neste Blog você irá ler vários relatos de tais “encontros” com estas senhoras, e este aqui que vos escrevo não é diferente.
Trabalho no Centro do Rio de Janeiro e exatamente há 1 ano e meio eu estava fazendo um curso técnico de Contabilidade em Bento Ribeiro, ou seja, duas paradas totalmente absurdamente ignorantemente e genuinamente longes uma da outra. Mas conclui bravamente esta viajem cotidiana em todo o seu ano de duração. E bota viagem nisso, por que se eu for multiplicar a distancia entre o Centro do Rio para Bento Ribeiro pela quantidade de dias nos meus 12 meses de curso dará exatamente a distância entre a Terra para Júpiter.
Mas enfim, eu sempre fui um cara digamos esportivo, pois minha infância e adolescência toda eu pratiquei muitos esportes além dos tradicionais Cuspe a Distância e o Triatlo, isso mesmo eu fiz triatlo em minha infância. Mas de certa forma não o tradicional, nossa modalidade era diferente. Consistia em atirar pedras ao alvo ( geralmente janelas aléias), correr até a bicicleta e pedalar o mais rápido possível para que a dona da casa abençoada não pudesse nos ver. De vez em quando nós tentamos variar um pouco, em vez de tacar pedra, nós tocávamos Campânia, mas o resto sempre era concluído com as mesmas modalidades: Corrida e Bicicleta.
Mas voltando ao assunto, eu estava trabalhando e estudando, sem tempo para atividades físicas a não ser o tradicional e prazeroso Levantamento de garfo, ou seja, estava engordando muito. Foi quando eu decidi que precisava fazer alguma coisa. Meu amigo Julio na época fazia natação no Júlia de Lamare (no complexo do Maracanã) e ele me mandou o papo de fazer também, então, como eu já havia feito natação eu me empolguei em fazer. Na época eu trabalhava até as 16:30, saía do trabalho correndo para ir para a natação e de lá saía correndo para o curso técnico. E a nossa historia começa nesse trajeto Natação – Curso.
Eu estava um pouquinho atrasado para a aula quando peguei o 638 (o ônibus que mais dá volta desse planeta... o trajeto dele é Pç. Sans Peña – Paquetá – O reino de Pandora [dos Avatares] – Marechal Hermes). E só quem já pegou esse ônibus sabe de como ele é cheio pra cacete! E para não variar, esse ônibus estava lotadissimo! Fui me esgueirando até chegar a metade do ônibus. Coloquei a minha mochila para frente e fui rumo a Júpiter... digo Bento Ribeiro rs. Com meu mp4 ligado estava eu, firme e forte destinado a concluir meu trajeto quando mais ou menos pela altura do Méier a senhora que estava sentada em minha frente deu um empurrão muito sinistro na minha mochila. Eu não entendi nada. Tirei o fone de ouvido e falei para a senhora:
- Desculpa, mas o que aconteceu? Por que empurrou a minha Mochila?
- Po#*a! Não esta vendo essa merda bater na minha cara não?
- Me desculpa senhora, mas eu coloquei a mochila para frente a fim de que as pessoas que desejarem sair do ônibus possam passar mais facilmente.
Até então meu tom estava somente para ela ouvir.
- Mas essa Merda de sua mochila está batendo na minha cara!!!

E assim galera, juro que eu nem sabia que tava batendo nela. Acredito que pelo fato de no ônibus sempre existir aquelas pessoas que tocam a Campânia em cima do ponto, e elas passam “abrindo o Mar Vermelho”, empurrando tudo e todos quando saem, provavelmente foi nestes momentos que a mochila bateu nela... Mas como eu não sabia, resolvi contornar essa situação de uma forma amena, porém não tão medrosa, tentei ousar e reverter a situação a meu favor.
- Isso não estaria acontecendo se a senhora tivesse se oferecido para segurar a minha mochila.
Nesse momento a Carótida da senhora começou a vibrar e saltar para fora com muita fúria. Os olhos dela começaram a flamejar fogo (exagero a parte rs) e ela me respondeu asperamente:
- Agora vejam só que absurdo... e por acaso eu tenho a obrigação de segurar a sua bolsa?
Todo mundo olhou para mim. (a essa altura do barraco nós já tínhamos publico)
- Não senhora só estou dizendo que eu coloquei a mochila para frente a fim de liberar o "fluxo", e se ela esta esbarrando na senhora por que a senhora não se ofereceu para segura-la.
Todo mundo olhou para ela
- Mas e se eu não quiser? Eu sou negra, mas eu não sou escrava não! (Meu Deus que viagem complexa da senhora). Eu não tenho a obrigação de segurar nada de ninguém
- então não reclame senhora.
Todo mundo olhou para mim.
Nesse momento da situação, a preocupação já tinha passado e a ignorância se tornara a minha atração principal! E pelo que pude perceber meus argumentos eram bastante convincentes.
- Mas você tem que tomar cuidado com quem tá sentado. Fica jogando essa merda na cara dos outros e...
- Mas é impossivel esse esbarrão na senhora, o onibus está lotado.
- Coloca ela no chão sei lá, se vira, só tira essa merda da minha cara.
Resolvi dar o ultimo golpe.
- Senhora, se a senhora fosse mais nova eu diria que o seu problema é TPM, mas como não  é o caso, e deve ter tempo que  não aocntece mais com a snehora, eu irei mais para a trás do onibus a fim de evitar confusão!!!
Fui ovacionado pela galera do ônibus enquanto todos riam da minha forma elegante de chamá-la de “idosa rabugenta”, ela começou a praguejar para todo mundo e aí que realmente a explosão de riso foi geral. Me lembro inclusive de ter parado na ultima cadeira antes da porta de saída do ônibus e uma outra senhora ter se oferecido para segurar a minha mochila me disse: “liga não meu jovem, é pessoa mal amada”...
Quando a megera senhora se levantou para descer, o ônibus ainda estava cheio e quando ela passou por mim fez questão de me empurrar ignorantemente. Aí vendo que ela tava bolada pra caraca eu ainda mandei um comentário alto para a senhora que estava segurando a minha mochila.
- Desculpe senhora, tem uma pessoa passando aqui atrás de mim, ainda bem que a senhora esta segurando a minha mochila... Por que se não eu provavelmente iria esbarrar na senhora...
A outra desceu me mandando para vários lugares e o resto foi só zoação...
Nunca mais peguei o 638, decidi que quando saísse da natação eu iria pegar o trem mesmo. O trem é muito mais cheio, e também passei por uma situação engraçada dentro do trem... mas isso é outra história...

2 comentários:

  1. Na boa, blogueiro.
    Em trajetos longos sempre rolam situações engraçadas. Mas poucas vezes estamos atentas a elas ou as vemos com humor e nos irritamos fácil.
    Agora conta d trem... tem de metrô tb?
    Abçaum
    Deco

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  2. Muito engraçada!!!

    Fiquei imaginando a cena.

    Continua postando mais pra gente rir um pouquinho

    Bjs.
    Luciana Freire

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